Se não sou mais do que uma mão que procura reter um pouco de areia quente enquanto escapa a vida pelos meus dedos.
Se o destino destes grãos de vida é o regresso à praia cósmica, enquanto ela própria, se dissolve nas ondas do oceano da eternidade.
Se, aquilo que o meu rosto percebe não é mais do esta finíssima gota de orvalho, que ao nascer sobre o oceano a brisa levantou.
Meus amigos, então, porque estou eu aqui sentado?
Será uma resposta ao prazer, na sua irresistível necessidade de procriar?
Um desafio para minha nau, perdida nas ondas do impermanente?
Ou a fútil tentativa de escapar às redes do tempo, projectando o eco da minha vós, nas memórias do vento.
Espaço aberto para a partilha do potencial criador do Ser humano, sem tabus em relação aos seus limites e defeitos.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
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