A psicologia diz-me
que, mais do que o estudo da alma, ela é o estudo do ego. Escrever algo de novo
é querer destacar-me do outro e tornar-me diferente. Mas não há nada que me
venha que o outro não tenha. Vivemos a lutar para sair da manada mas não somos
nada debaixo do manto do tudo que nos cobre. Uso as palavras criadas pelos
outros, sento-me na cadeira que provêm da cadeia das artes dos outros, uso o
lápis que nos meus dedos tácteis é-me alheio ao saber que o fez, e no papel
saboreio como o mel o silêncio sonoro que me veio pelas ideias nele postas.
Espaço aberto para a partilha do potencial criador do Ser humano, sem tabus em relação aos seus limites e defeitos.
domingo, 23 de agosto de 2015
Ausência
Como é possível abraçar o mundo e sentir-se ausente? Que fraqueza faz da vontade um pedaço de nada roubado ao momento? Quanto mais s...
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Mas como posso eu definir o presente, se é o resultado dos infinitos pólos do tempo? No jogo da vida, ter a liberdade de escolher, em ...
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